É engraçado e curioso observar como o termo "chick lit" pode ser tão pejorativo aos olhos de alguns leitores, né? Há quem invalide o gênero, diga que não gosta de coisas superficiais ou apenas rolem os olhos.
Culturalmente, não sei realmente de onde veio tal preconceito sem fundamento, só sei que ele existe e é palpável dentro do universo literário. Mas... seria o gênero realmente raso e sem um pingo de profundidade? Bem...
Acho que pode-se usar o pressuposto relacionado à "cultura" pra essa comparação. Nos foi enraizado de maneira errônea o pensamento de que cultura é toda aquela manifestação que seja elitizada, polida, considerada de qualidade. Quando, querids, cultura é QUALQUER manifestação de um povo, seja considerada boa ou não aos olhos da massa.
Ler é uma delícia, né verdade? Desde que você ache prazer nisso e descubra o que realmente gosta dentro deste universo tão amplo da literatura, tudo é válido. Não existe elitizado, polido, socialmente aceito. Se te faz feliz e você consegue aproveitar o momento, se joga, mana. O que importa é identificação e gosto pessoal.
E, finalizando a história, se posso aqui agir como advogada de defesa os chick lits, me diz: Quantos livros do gênero a gente encontra que aborda assuntos tabu? Quantos tem papel social imenso, inclusive de trazer uma realidade que não teríamos contato se não fosse pela leitura? Quantos mais nos tiram da bad ou nos fazem reacreditar em nós mesmas? Fica até difícil citar autores e títulos, porque a resposta pra todas essas perguntas é a mesma. MUITOS SÃO OS LIVROS.
Então, ó... "nem vem tirar meu riso frouxo com algum conselho". Vamo ler o que nos agrada sem NENHUM pudor ou remorso.
